A Lei do Uno, A Lei do Uno - livro 4

LEI DO UNO ~ sessão 83 ~ véu ~ antes do grande experimento

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Sessão 83

5 de Abril de 1982

83.3 QUESTIONADOR: Eu perguntarei uma questão bem longa e complexa aqui e eu solicitaria que a resposta a cada porção desta questão seja dada se houver uma diferença significante entre antes do véu e depois do véu, de forma que eu possa ter uma ideia de como o que nós experienciamos agora é usado para melhor polarização. Perguntando se existe alguma diferença significante e qual era a diferença antes do véu nos seguintes, enquanto encarnado em terceira densidade: sono, sonhos, dor física, dor mental, sexo, doença, programação de catálise, catálise randômica, relacionamentos ou comunicação com o eu superior ou com a totalidade mente/corpo/espírito ou quaisquer outras funções da mente, corpo ou espírito antes do véu que seriam significantes com relação às suas diferenças após o véu? RA: Eu sou Ra. Primeiramente, deixe-nos estabelecer que, tanto antes quanto após o véu, as mesmas condições existiam em tempo/espaço; ou seja, o processo do véu é um fenômeno de espaço/tempo. Em segundo lugar, o caráter da experiência foi alterado drasticamente pelo processo do véu. Em alguns casos, tal como sonhos e o contato com o eu superior, a experiência foi quantitativamente diferente, devido ao fato de que o véu é uma causa primária do valor dos sonhos e é também a porta única perante a qual o eu superior deve permanecer aguardando entrada. Antes do véu, sonhos não eram para o propósito de usar o assim chamado inconsciente para utilizar ainda mais a catálise, mas era usado para aprender/ensinar com professores/aprendizes de dentro dos planos interiores, tanto quanto aqueles de origem exterior, de densidade mais alta. Na medida em que você lida com cada assunto, dentre os que você mencionou, você pode observar, durante o processo do véu, não uma mudança quantitativa na experiência, mas uma qualitativa. Deixe-nos, como exemplo, escolher suas atividades sexuais de transferência de energia. Se você tem um desejo de tratar outros assuntos em detalhe, por favor, questione em seguida. No caso da atividade sexual daqueles não habitando dentro do véu, cada atividade era uma transferência. Havia algumas transferências de força. A maioria era bem atenuada na força da transferência, devido à falta do véu. Na terceira densidade, entidades estão tentando aprender os caminhos do amor. Se puder ser visto que todos são um ser, se torna bem mais difícil para a personalidade indisciplinada escolher um parceiro e, assim, se iniciar em um programa de serviço. É bem mais provável que a energia sexual se dissipará mais randomicamente, sem grande prazer ou grande dor, dependendo destas experiências. Portanto, a transferência de energia de raio verde, sendo quase sem exceção o caso da transferência de energia sexual anterior ao véu, permanece enfraquecida e sem cristalização significante. As transferências e bloqueios da energia sexual, após o véu, foram discutidas anteriormente. Podem ser vistas como sendo um estudo mais complexo, mas muito mais eficiente, da cristalização daqueles que buscam o centro de energia de raio verde.

83.4 Vamos tomar, então, já que estamos no assunto de sexo, o relacionamento, antes e depois do véu, das doenças, e neste caso em particular, doenças venéreas. Esse tipo de doença existia antes do véu? RA: Tem havido aquilo que é chamado de doença, tanto deste tipo quanto de outros, antes e após este grande experimento. Entretanto, já que a doença venérea é, em grande parte, uma função das formas-pensamento de uma natureza distorcida, que estão associadas com bloqueio de energia sexual, a doença venérea é quase totalmente o produto da interação de complexos mente/corpo/espírito após o véu.

83.5 Você mencionou que ela existia, de forma pequena, antes do véu. Qual era a fonte de seu desenvolvimento antes do processo do véu? RA: A fonte era tão randômica quanto a natureza das distorções de doenças é, no coração, em geral. Cada porção do complexo do corpo está em um estado de crescimento em todos os instantes. O reverso disto é visto como doença e tem a função benigna de terminar uma encarnação, em uma ligação espaço/tempo apropriada. Esta era a natureza da doença, incluindo aquela que vocês chamam de venérea.

83.6 Eu farei esta declaração e você pode me corrigir, então. Na medida em que vejo a natureza da ação da doença, especificamente anterior ao véu, me parece que o Logos se decidiu por um programa onde uma mente/corpo/espírito individual continuaria a crescer em mente e o corpo seria o análogo de terceira densidade desta mente, e o crescimento seria contínuo, a não ser que houvesse uma falta de crescimento ou uma inabilidade, por alguma razão, para que a mente continuasse ao longo dos padrões de crescimento. Se este crescimento desacelerava ou parava, então o que nós chamamos de doença iria então agir, de forma a eventualmente terminar esta experiência física, a fim de que uma nova experiência física pudesse se iniciar, para continuar o processo de crescimento, após uma revisão do processo inteiro ter ocorrido entre encarnações. Você poderia esclarecer meu pensamento sobre isso, por favor? RA: Seu pensamento é suficientemente claro sobre esse assunto.

83.7 Uma coisa que eu não entendo é por que, se não havia véu, a revisão da encarnação, após a encarnação, ajudaria o processo, já que me parece que a entidade já deveria estar ciente do que estava acontecendo. Possivelmente, isto tem a ver com a natureza do espaço/tempo e tempo/espaço. Você poderia esclarecer isso, por favor? RA: É verdade que a natureza do tempo/espaço é tal que uma vida pode ser vista inteiramente como um livro ou registro, as páginas estudadas, folheadas e relidas. Entretanto, o valor da revisão é aquele do teste, em vez do estudo. Ao testar, quando o teste é verdadeiro, as destilações de todo estudo são tornadas claras. Durante o processo do estudo, que você pode chamar de encarnação, sem importar a percepção da entidade do processo ocorrendo, o material é difuso e atenção exagerada é quase inevitavelmente colocada sobre detalhes. O teste, ao cessar do estado encarnatório, não é aquele teste que envolve a correta memorização de muitos detalhes. Este teste é, em vez disso, a observação do self pelo self, frequentemente com auxílio, como nós dissemos. Nesta observação, vê-se a soma de todo estudo detalhado; este sendo uma atitude, ou complexo de atitudes, que criam tendências na consciência da mente/corpo/espírito.

83.8 Eu imaginei uma analogia enquanto você estava dizendo isso, na qual eu piloto um avião, e eu tenho testes em um simulador, mas este não é tanto um teste, já que eu sei que estou parafusado no chão e não posso me machucar. Entretanto, quando nós estamos de fato voando e realizando a manobra, pouso, etc., no avião, mesmo apesar de ser o mesmo, é, eu diria, uma pobre analogia com relação ao que estava acontecendo antes do véu. Eu conheço todas as condições em ambos os casos, e ainda assim, não consigo me tornar muito interessado no trabalho no simulador, por que eu sei que ele está parafusado no chão. Eu vejo isto como as entidades antes do véu, sabendo que elas estavam [risadas] parafusadas na criação, por assim dizer, ou parte dela. Esta é uma analogia razoável? RA: Isto é bem razoável, apesar de não ter efeito sobre a função da revisão da encarnação, mas, em vez disso, tem efeito sobre as diferenças experienciais antes e após o véu.

83.9 Agora, antes do véu, uma entidade estaria ciente de que ela estava experienciando uma doença. Como um exemplo, você me daria, se você estiver ciente de algum caso, uma doença que uma entidade poderia experienciar antes do véu e como ela reagiria a isto e pensaria sobre isso e qual efeito isso teria sobre ela, em um sentido completo. Você me daria, você poderia me dar um exemplo, por favor? RA: Visto que o universo é composto de uma lista infinita de entidades, há também uma infinidade de respostas a estímulos. Se você observar suas pessoas, você descobrirá respostas grandemente variadas à mesma distorção na direção da doença. Consequentemente, nós não podemos responder sua questão com qualquer esperança de fazer quaisquer declarações verdadeiras, já que as generalizações em exagero requeridas são muito numerosas.

83.10 Havia alguma uniformidade ou funções similares de sociedades ou organizações sociais antes do véu? RA: A terceira densidade é, por sua própria constituição, societária. Existem sociedades onde quer que existam entidades conscientes do self e conscientes de outros-selfs e em posse de inteligência adequada para processar informação indicando os benefícios da combinação de energias comunais. As estruturas das sociedades antes, como depois do véu, eram várias. Entretanto, as sociedades antes do véu não dependiam em nenhum caso da escravidão intencional de alguns para benefício de outros, isto não sendo visto como sendo uma possibilidade quando todos são vistos como um. Existia, entretanto, a quantidade requerida de desarmonia para produzir vários experimentos no que você poderia chamar de estruturas societárias ou governamentais.

83.11 Em nossa ilusão atual, nós indubitavelmente perdemos de vista as técnicas de escravidão que são usadas, já que nós estamos tão separados da experiência pré-véu. Eu estou certo de que muitos, de orientação de serviço a outrem, estão usando técnicas de escravidão mesmo apesar deles não estarem cientes de que são técnicas de escravidão simplesmente por que elas foram evoluídas através de um período de tempo tão longo e nós estamos tão fundos na ilusão. Isto não está correto? RA: Isto está incorreto.

83.12 Então você está dizendo que não existem casos onde aqueles que são orientados ao serviço a si estão usando, de alguma maneira, técnicas de escravidão que surgiram como um resultado da evolução de nossas estruturas societárias? É isto que você quer dizer? RA: Era nosso entendimento que sua questão dizia respeito a condições antes do véu. Não havia escravidão inconsciente, como você chama esta distorção, naquele período. No espaço/tempo atual, a condição de escravidão bem-intencionada e involuntária é tão numerosa que excede os limites de nossa capacidade enumerá-las.

83.13 Então, para uma entidade orientada ao serviço a outrem, neste momento, meditação sobre a natureza destas formas de escravidão pouco presumidas pode ser produtiva para polarização, eu imagino. Estou correto? RA: Você está bem correto.

83.14 Eu diria que uma porcentagem muito alta das leis e restrições de dentro do que nós chamamos de nosso sistema legal são de uma natureza de escravidão, da qual eu acabei de falar. Você concordaria com isso? RA: É um equilíbrio necessário à intenção da lei, que é proteger, que o resultado abrangesse uma distorção igual na direção do aprisionamento. Portanto, nós podemos dizer que sua suposição está correta. Isto não é para denegrir aqueles que, em energias de raio verde e azul, buscaram livrar um povo pacífico dos vínculos com o caos, mas apenas para demonstrar as consequências inevitáveis de codificações de resposta que não reconheçam a singularidade de cada situação dentro de sua experiência.

83.15 O véu foi projetado para ser o que eu chamaria de semipermeável? RA: O véu é de fato assim.

83.16 Quais técnicas e métodos de penetração do véu foram planejadas e existem quaisquer outras que tenham ocorrido além daquelas planejadas? RA: Não houve nenhuma planejada pelo primeiro grande experimento. Como todos experimentos, isto se encontrava sobre a nudez da hipótese. O resultado era desconhecido. Foi descoberto, experiencialmente e empiricamente, que havia tantas formas de se penetrar o véu quanto a imaginação de complexos mente/corpo/espírito poderia prover. O desejo de complexos mente/corpo/espírito de conhecer aquilo que era desconhecido levava a eles o sonho e a abertura gradual, ao buscador, de todos os mecanismos de balanceamento que levavam ao caminho do adepto e à comunicação com professores/aprendizes que poderiam furar este véu. As várias atividades não-manifestadas do self foram consideradas como sendo produtivas, em algum grau, na penetração do véu. Em geral, nós podemos dizer que, de longe, as oportunidades mais vívidas e até mesmo extravagantes, para a penetração do véu, são um resultado da interação de entidades polarizadas.

83.17 Você poderia expandir sobre o que você quis dizer com interação de entidades polarizadas ao penetrar o véu? RA: Nós declararemos dois itens de nota. O primeiro é o potencial extremo para polarização no relacionamento de duas entidades polarizadas que embarcaram no caminho do serviço a outrem ou, em alguns poucos casos, no caminho do serviço a si. Em segundo lugar, nós notaríamos aquele efeito que nós aprendemos a chamar de efeito duplicador. Aqueles de mente similar, que juntos buscam, irão, bem mais certamente, encontrar.

83.18 Especificamente, através de qual processo, no primeiro caso, quando duas entidades polarizadas tentariam penetrar o véu, quer elas sejam polarizadas positiva ou negativamente – especificamente através de qual técnica elas penetrariam o véu? RA: A penetração do véu pode ser vista como tendo suas raízes na gestação da atividade do raio verde, aquele amor todo compassivo, que não exige retorno. Se este caminho é seguido, os centros de energia mais altos serão ativados e cristalizados até que o adepto nasce. Dentro do adepto, está o potencial para a desmontagem do véu a uma extensão maior ou menor, de forma que tudo pode novamente ser visto como uno. O outro-self é catálise primária, neste caminho em particular, para a penetração do véu, se você chamasse isso assim.

83.19 Qual era o mecanismo do primeiro processo do véu? Eu não sei se você pode responder isto. Você tentaria, apesar disso, responder? RA: O mecanismo do véu entre as porções consciente e inconsciente da mente era uma declaração de que a mente era complexa. Isto, por sua vez, fez com que o corpo e o espírito se tornassem complexos.

83.20 Você me daria um exemplo de uma atividade complexa do corpo que nós temos agora e como ela não era complexa antes do véu? RA: Antes do grande experimento, uma mente/corpo/espírito era capaz de controlar a pressão do sangue na veia, a batida do órgão que vocês chamam de coração, a intensidade da sensação conhecida por vocês como dor e todas as funções agora entendidas como sendo involuntárias ou inconscientes.

83.21 Quando o processo do véu ocorreu originariamente, então, parece que o Logos deve ter tido uma lista, poderíamos dizer, daquelas [funções] que se tornariam inconscientes e daquelas que permaneceriam controladas conscientemente. Eu estou supondo que se isto ocorreu, havia boas razões para estas divisões. Estou correto de alguma forma nisso? RA: Não.

83.22 Você me corrigiria, por favor? RA: Houve muitos experimentos através dos quais várias das funções ou distorções do complexo do corpo foram veladas e outras não. Um grande número destes experimentos resultou em complexos de corpo inviáveis ou naqueles apenas marginalmente viáveis. Por exemplo, não é um mecanismo orientado à sobrevivência que os receptores nervosos apaguem inconscientemente quaisquer distorções na direção da dor.

83.23 Agora, antes do véu, a mente poderia apagar a dor. Eu suponho, então, que a função da dor naquele tempo era para sinalizar, para o corpo assumir uma configuração diferente, de forma que a fonte da dor fosse embora, mas, então, a dor poderia ser eliminada mentalmente. Isto está correto e havia outra função para a dor antes do véu? RA: Sua suposição está correta. A função da dor naquele tempo era como o aviso do alarme de incêndio para aqueles não sentindo a fumaça.

83.24 Então vamos dizer que uma entidade, naquele tempo, queimasse sua mão devido à falta de cuidado. Ela iria imediatamente remover sua mão do objeto que a queimava e, então, a fim de não sentir mais a dor, iria mentalmente cortar a dor até que a cura ocorresse. Isto está correto? RA: Isto está correto.

83.25 Nós olharíamos para isto, em nossa atual ilusão, como a eliminação de certa quantidade de catálise que produziria uma aceleração em nossa evolução. Isto está correto? RA: A atitude com relação à dor varia de complexo mente/corpo/espírito para complexo mente/corpo/espírito. Sua verbalização da atitude na direção da distorção conhecida como dor é uma produtiva de distorções úteis com relação ao processo de evolução.

83.26 O que eu estava tentando indicar era que o plano do Logos, ao vendar o consciente do inconsciente de tal forma que a dor não pudesse ser tão facilmente controlada, teria criado um sistema de catálise que não era anteriormente utilizável. Isto está, no geral, correto? RA: Sim.

83.27 Agora, em alguns casos, parece que este uso de catálise está quase em uma condição descontrolada, para algumas entidades; no sentido de que elas estão experienciando muito mais dor do que elas são capazes de fazer bom uso, no que diz respeito à natureza catalítica. Você poderia comentar sobre nossa condição atual na ilusão, com relação a este assunto em particular? RA: Você pode ver, em alguns casos, uma entidade que, tanto por escolha pré-encarnatória quanto por constante reprogramação enquanto em encarnação, desenvolveu um programa de catálise ganancioso. Tal entidade deseja muito usar a catálise e determinou, para sua própria satisfação, que, o que você poderia chamar de placa de aviso, precisa ser colocada na testa a fim de se obter a atenção do self. Nestes casos, pode de fato parecer um grande desperdício da catálise da dor e uma distorção na direção da sensação da tragédia de tanta dor pode ser experienciada pelo outro-self. Entretanto, é bom esperar que o outro-self esteja entendendo aquilo que ele passou por alguns problemas para oferecer a si mesmo; ou seja, a catálise que ele deseja usar para o propósito da evolução.

83.28 Eu notei que você começou esta sessão com “Eu me comunico agora”. Você usualmente usa “Nós nos comunicamos agora”. Existe algum significado ou diferença com relação a isso, e então existe algo que nós possamos fazer para tornar o instrumento mais confortável ou melhorar o contato? RA: Eu sou Ra. Nós sou Ra. Você pode ver as dificuldades gramaticais de sua estrutura linguística, ao lidar com um complexo de memória social. Não há distinção entre a primeira pessoa do singular e do plural, em sua linguagem, quando se referindo a Ra.

FIM

nota: a expressão Self refere-se ao Eu (pessoa), que nem sempre foi traduzido nos livros.

Disclaimer: Os artigos são escritos em português do (Brasil ou de Portugal) ou numa mistura de ambos. Este site publica artigos próprios e de outros informantes em que se limita a publicá-los: quer dizer que pode não concordar com os mesmos. Você deve usar a sua intuição com aquilo que ressoa ou não consigo.

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Author: Krystal

colaborador

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